Uma mansão que serviu de residência ao ex-governador Amazonino Mendes nos anos 1990, entre os rios Tarumã e Negro está a venda por R$ 12 milhões. À época, a mansão localizada em terreno com mais de 8,6 mil metros quadrados foi avaliada em U$ 4 milhões (quatro milhões de dólares). No câmbio desta quarta-feira (29), cotado a R$ 5,17, o valor seria de R$ 20,6 milhões. Amazonino vendeu a mansão. O ex-governador morreu em 12 de fevereiro deste ano.
Nos anos 1990 a imprensa divulgou que a construção, de quatro andares, tinha cinco suites com amplas varandas, salas de jantar, de estar, de tv e cinema, quatro piscinas climatizadas, lago artificial, cascatas, jardins, quadra de esporte, pista de cooper, salões de jogos e de festas, com acesso feito por elevador panorâmico, estacionamento, heliporto e cais.
O corretor responsável pela venda apresenta o imóvel em vídeo em suas redes sociais. Afirma que a mansão tem mais de 1,7 mil metros quadrados de área construída, “às margens do Rio Tarumã, com saída para o Rio Negro”. A descrição do anúncio diz que o imóvel tem rampa de embarque e desembarque, terraço com visão 360 graus, elevador e muita área verdade ao redor” e fica no Residencial Lagoa Bella.
As fotos e imagens mostram que o imóvel está sem a devida manutenção e conservação.
Problemas
Em 1997, Amazonino Mendes, no exercício do cargo de governador, foi investigado pela PRF (Procuradoria da República no Amazonas) por suspeita de criação de cartel, com 10 empreiteiras, com indícios de participação societária de Amazonino ou comandadas por ‘laranjas’ ligadas ao falecido governador. A investigação apurou se o desvio de recursos públicos a partir da formação deste cartel financiou a construção da mansão no Tarumã.
Em 2001, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) determinou que fosse feita feita uma avaliação judicial da mansão. A motivação foi a ausência do bem na declaração informada à Receita Federal em 1998 pelo político.
Consultado na ocasião, o Sinduscon-AM (Sindicato da Indústria da Construção Civil) avaliou a área construída em R$ 1,5 milhão. O valor não incluia a cotação do terreno, dos vidros em volta da casa, do telhado à prova de som, do elevador panorâmico e da decoração.
Em 13 de setembro de 2001, a Folha publicou que “Amazonino não mora mais na mansão que ainda pertence a ele. A Agência Folha apurou que ele teria ficado descontente com a casa, que fica na rota dos aviões que utilizam o Aeroporto Internacional de Manaus”.
Fonte: Amazonas Atual – Nenhuma violação de direitos autorais pretendida