Candidatos aprovados no concurso público da Polícia Civil do Amazonas cobram a nomeação. Nas redes sociais, os concursados pedem urgência no processo, que começou com a publicação do edital em 2021 e realização das provas em abril de 2022. A última etapa da seleção ocorreu no dia 4 de julho deste ano com a homologação do resultado final e a convocação de 501 aprovados para os cargos de escrivão, investigador e perito e 135 para delegado.
Em nota ao ATUAL, a SSP-AM (Secretaria de Segurança Pública do Amazonas) informou que “o Governo do Amazonas trabalha para o chamamento dos aprovados no concurso público, de acordo com o número de vagas ofertadas, respeitando o período de vigência do certame” [dois anos]. A secretaria não respondeu sobre quando começará a nomeação, nem como o processo ocorrerá.
Anteriormente, no dia 28 de julho, em entrevista à emissora de TV, o secretário de Segurança Pública, Carlos Alberto Mansur, disse que a chamada ocorrerá dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal, isto é, respeitando os limites de gastos do Estado. Mansur também afirmou que, para compensar a falta de efetivo, o Estado lançou o “serviço gratificado”, em que o policial vende as horas de folga.
O biólogo pernambucano Pedro Henrique Caetano Cordeiro, de 34 anos, foi um dos aprovados para o cargo de investigador. Ele compõe a comissão que cobra a nomeação. Pedro Henrique ministrava aulas para pré-vestibulandos em Recife e deixou o emprego para vir a Manaus. Ele passou quatro meses no curso de formação exigido pelo edital. De volta a Pernambuco, Cordeiro diz que não há perspectiva para que seja chamado.
“Dos órgãos oficiais, tanto do delegado-geral, como do próprio secretário Mansur, falam que não têm previsão, que é uma decisão do governador, em específico, e que não tem nada pra informar a gente, só que, no futuro, talvez eles decidam. Então, tá totalmente no escuro”, disse Pedro Henrique.
“Normalmente, quando se pensa em concursos pelo Brasil, em outros estados, em pouco tempo, questão de dois, três meses, os candidatos são nomeados pra começarem a trabalhar. E quando a gente termina o curso de formação, o governador prometeu, publicamente, em entrevista, que, no segundo semestre, a gente seria nomeado. Só que chegou o segundo semestre e a gente não tem perspectiva nenhuma”, acrescentou.
Cordeiro faz parte de uma comissão mista de 12 aprovados que elaboraram relatórios e enviaram à ALE-AM (Assembleia Legislativa do Amazonas) para pedir apoio dos deputados à nomeação e citam a necessidade de aumento do efetivo da Polícia Civil.
“A ideia é tentar demonstrar à população que: ‘olha, tá ruim? Tá ruim. Agora, por que? Porque o governo já tomou atitude pra melhorar a situação, mas a fase final da contratação do servidor público pra ajudar a melhorar não tá tendo”, disse Pedro Henrique.
O administrador amazonense Vitor Oliveira, de 24 anos, também aguarda o chamamento. “Acreditamos que a nossa nomeação depende de vários fatores políticos, principalmente como o pagamento do escalonamento, promoções e data-base para os servidores da Polícia Civil que estão atrasadas. Nos bastidores, essa é uma condição para o ingresso dos aprovados”, disse Vitor.
“A nomeação é muito importante para mim, devido a realização de um grande objetivo na minha vida e também de poder agregar nessa respeitosa e relevante instituição que é a Polícia Civil do Amazonas em prol da sociedade amazonense” acrescento.
Fonte: Amazonas Atual – Nenhuma violação de direitos autorais pretendida