“É bem melhor. É mais gentil”, define a vendedora Elaine Vieira da Silva, que trabalha em loja de roupas na Rua Marechal Deodoro, tradicional ponto comercial de Manaus, sobre acenar aos clientes em vez de bater palma e chamar para a compra. O recurso tornou a rua de comércio popular conhecida como “Shopping Bate Palmas”.
Elaine diz que a mudança no recurso melhorou as vendas. “A gente chama os clientes, mas não gritando, porque incomoda alguns”, afirma. Outras vendedoras de estabelecimentos na Avenida Eduardo Ribeiro, paralela à Marechal Deodoro, também alteraram a forma de contato e relatam aumento nas vendas.
“Muita gente se incomodava com o barulho”, reforça Luana Carla, que trabalha em loja de roupas na Eduardo Ribeiro.
Para atrair clientes de forma mais suave e elegante, Luana tem a companhia de Liliane Costa e Deusiane Cavalcante na frente da loja. Elas dizem que adotaram a nova estratégia por iniciativa própria. E que a ação foi aprovada pela empresa.
A sub-gerente do local, Soraia Lemos, concorda com os efeito e incentiva a prática. “A loja passou a recomendar para novas funcionárias contratadas”, disse. “Melhorou a venda”, afirma a vendedora Deusinane. “Chama mais atenção do que a palma, que é barulhenta”, diz a colega Liliane.
Cristina Castro, 32 anos, fazia compras na Marechal Deodoro na sexta-feira (11) e disse não ter percebido a mudança. Após observar a conduta de Elaine para conquistar a clientela, concordou. “Fica bem melhor. Bater palma e gritar quase no nosso ouvido não é bom”, disse Cristina.
Da mesma forma, Eliete Souza, 21 anos, ainda não havia notado a nova tática usada por algumas vendedoras e aprovou. “Tem muito barulho aqui. Além de gente gritando e batendo palma, ainda tem esse monte de caixa de som”.
O uso de caixas de som pelos lojistas do Centro é permitido até o limite de 55 decibéis (unidade física que mede a intensidade do som). A responsável pela fiscalização é a Semmas (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade).
Migração de serviços
Durante algum tempo, a área central teve negócio pautado na venda de itens produzidos na Zona Franca de Manaus. Com o fechamento de lojas desse ramo, o comércio das ruas do local assumiu outro tipo de característica.
A Eduardo Ribeiro tem mais lojas de confecção e sapatarias. A Marechal Deodoro tem comércio predominante de roupas. A Guilherme Moreira tem presença maior de lojas de eletros-eletrônicos. A seguinte, Marcílio Dias, tem grande quantidade de estabelecimentos de perfumaria, cosméticos e celulares. A Dr. Moreira registra muitas agências bancárias, hotéis, lojas de instrumentos musicais e de itens de informática. Todas as ruas possuem galerias, com variedade de produtos .
Fonte: Amazonas Atual – Nenhuma violação de direitos autorais pretendida